sexta-feira, 24 de setembro de 2010

PLANEJAMENTO

Diagnóstico
O planejamento deve partir da realidade concreta tanto dos sujeitos quanto do objeto do conhecimento (ao nível do professor e dos alunos) e do contexto em que se dá a ação pedagógica.
Apenas levantar dados sobre essa realidade não é suficiente, é preciso analisá-los para descobrir causas e necessidades. Que servirão de pistas para ação.
OBJETIVOS
Não é possível educar a não ser partindo de certos valores de uma visão de homem, sociedade e conhecimento. Assim os objetivos das disciplinas e das aulas devem ter estreita ligação com o projeto da escola.
A explicitação dos objetivos dá mais segurança ao professor e proporciona a participação consciente do aluno – “se você não sabe chegar a lugar nenhum,”. Ele é essencial para permitir uma postura ativa dos sujeitos.
Os objetivos devem ser simples e claros e ser aperfeiçoados no caminhar. Eles ajudam na elaboração de estratégias de ação e servem de critério para se saber em que medida foram alcançados.
CONTEÚDOS
O planejamento do educador deverá propiciar a construção significativa do conhecimento, através de uma práxis (reflexão da prática), num processo de continuidade e ruptura.
A escolha do conteúdo deverá ter como critérios:
A importância no campo do conhecimento
Os que atendem às necessidades concretas dos alunos
Os que estão de acordo com o seu nível de maturidade intelectual
Os mais importantes dentro dos limite de tempo e de disponibilidade de recurso
Os que levam a uma postura de transformação
Na organização dos conteúdos ter uma seqüência lógica: sincrese, analise, síntese
O processo interdisciplinar é facilitado através da integração vertical, horizontal e aspiralado do conteúdo.
METODOLOGIA DO ENSINO
A ação interativa do processo ensino aprendizagem pressupõe uma dinâmica metodológica participativa e um processo de comunicação multidirecional
O método ou linha teórica de ação deverá ser fio condutor e unificador do curso e, por isso mesmo, terá que ser ÚNICO, com fundamentos filosóficos, psicológicos e sociais
As técnicas são procedimentos de operacionalização do método. Elas são concretas, diversas e participativas, coerentes com o método escolhido.
Os recursos são meios auxiliares das técnicas. Os sujeitos da educação são considerados recursos humanos importantíssimos e em escala superior aos recursos materiais, naturais e artificiais. Nesta escala, estes últimos são os menos significativos para aprendizagem.
AVALIAÇÃO
A avaliação é concebida como um processo de acompanhamento da construção do conhecimento, relação interativa e da organização da coletividade.
A avaliação faz parte do processo educacional, não devendo ter uma ênfase maior.
É necessário definir claramente as “regras do jogo da avaliação” com alunos, para evitar criar ansiedade e desconfiança na relação pedagógica.
A avaliação deve ser contínua. Avaliar também o processo e não apenas o produto.
A avaliação deve procurar abranger todos os aspectos da educação e não apenas o cognitivo.
A avaliação deve produzir uma mudança de atitude do aluno e do professor, através de auto-avaliação.
A avaliação não deve ser usada para comparar alunos entre si.
A recuperação deve ser uma postura do educador no sentido de garantir a aprendizagem por parte de todos os alunos.

ELEMENTOS FUNDANTES DO PLANEJAMENTO NA PERSPECTIVA CRITICO-TRANSFORMADORA
1.      A SIGNIFICAÇÃO
“com os símbolos, os homens não poderão arar o solo, gerar filhos ou ou mover máquinas. Os símbolos não possuem tal eficácia. Mas eles respondem a um outro tipo de necessidade, tão poderoso quanto o sexo e a fome: a necessidade de viver num mundo que faça sentido”. ( Rubem Alves)
2.      A PRÁXIS
“...A práxis é, na verdade, atividade teórica-prática: ou seja, tem um lado ideal, teórico, e um lado material, propriamente prático, com particularidade de que só artificialmente, por um processo de abstração, podemos separar, isolar um do outro” (Vasquez)
3.      A PROBLEMATIZAÇÃO
“O que se pretende com o diálogo, em qualquer hipótese, é a problematização do próprio conhecimento em sua indiscutivel relação com a realidade concreta na qual se gera e sobre a qual incide, para melhor compreendê-la, explicá-la, transformá-la”. (Paulo Freire)
4.      A CONTINUIDADE – RUPTURA
“...uma pedagogia cujos conteúdos sejam tais que, do princípio ao fim, continuidade e ruptura estejam intimamente ligados, e então torna-se possível uma síntese entre o acesso do aluno a uma verdade (...) e uma iniciativa pessoal e responsável, assumida por esse mesmo aluno”. (Synders)
5.      A CRITICIDADE
“Ser crítico significa se comprometer com a transformação e ir à raiz dos problemas, desvelar, localizar as contradições, buscar a verdade a partir da ótica dos excluídos”.(Celso Vasconcelos)
“A crítica não é fim em si, mas apenas um meio: a indignação é o seu modo essencial de sentimento e a denúncia a sua principal tarefa”. (Marx)
6.      A HISTORICIDADE
“...é necessário analisar em pormenor a história dos homens pois, com efeito, quase toda a ideologia se reduz a uma falsa concepção dessa história ou ao puro e simples abstrair dela” (Marx Engels)
“...é preciso levar em conta que os conteúdos são históricos e o seu caráter revolucionário está intimamente associado à sua historicidade. Assim, a transformação dos conteúdos formais, fixos e abstratos, em conteúdos reais, dinâmicos e concretos”. (Saviani)
7.      A TOTALIDADE
“Mesmo quando eu sozinho desenvolvo uma atividade científica, uma atividade que raramente posso levar cabo em direta associação com outros, sou social porque é enquanto homem que realizo tal atividade”. (Marx)

 
Professora: Izabel Fernandes Koopmans

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Quem é você, PROFESS-OR?


Quem é você, Profess-or?

Um Espectador ou o Trabalhador?
Alguém despido de ética profissional tornando-se corrompido pela insaciável sede do poder ou Aquele que ativa e prazerosamente constrói a base de uma sólida pirâmide...
Um Ditador ou o Empreendedor?
Alguém convicto de reunir em si todos os poderes intimidando as atitudes do outro ou Aquele que toma iniciativas e apresenta alternativas frente aos anseios da Educação Libertadora...
Um Empregador ou o Construtor?
Alguém equivocado no desempenho de sua função enxergando-se como dono da situação ou Aquele que mansamente desafia o estudante a edificar conhecimento e a tornar-se agente na construção da História...
Um Protetor ou o Moderador?
Alguém paternalista que favorece seus prediletos provocando nos colegas desinteresse e revolta ou Aquele que atua com justiça e, a exemplo de sua personalidade, influencia o caráter do educando...
Alguém entusiasmado com o avanço tecnológico posicionando o aluno como simples objeto das atividades programadas ou Aquele que respeita a individualidade do outro, valoriza e fortalece as relações afetivas na comunidade escolar...
Um Esquivador ou o Questionador?
Alguém incapacitado para exercer uma autêntica liderança ignorando o caos instalado na sala de aula ou Aquele que conscientemente avalia as respostas do aprendiz e reestrutura seu trabalho de forma a atender as expectativas da turma...
Um Falador ou o Comunicador?
Alguém irreverente preenchendo seu espaço com exclusivas aulas de falação ou Aquele que, através do dialogo, questiona a informação e estabelece a comunicação...
Um Competidor ou o Batalhador?
Alguém posicionado como adversário dos colegas buscando um estrelismo gerador de rixas e divisões ou Aquele que, ao lado dos companheiros, age e reage como defensor ardoroso das mais importantes metas educacionais...
Um Sonhador ou o Realizador?
Alguém que impregnado de fantasias sobre a Escola Ideal subestimando o potencial da realidade na qual se encontra ou Aquele que corajosamente enfrenta as dificuldades cotidianas e pratica atos significativos para o bom êxito do processo educativo...
Um Cobrador ou o Incentivador?
Alguém satisfeito no papel de fiscal exigindo dos escolares conhecimentos que nunca lhe foram ensinados ou Alguém que conhece, reconhece as carências de sua clientela e a ela fornece instrumentos necessários ao pleno exercício de cidadania...
Mas, quem é você, PROFESS-OR?
Um Instrutor ou o Educador?
Alguém empenhado na transmissão de conteúdos supérfluos adestrando o aluno a receber passivamente seus incontestáveis ensinamentos ou Aquele que, de posse da informação possibilita e estimula a reflexão direcionada para a conquista do essencial...
Um Devedor ou o Credor?
Alguém endividado com a escola devendo assiduidade, pontualidade, eficiência ou Aquele cujo profissionalismo o torna merecedor de estima e grande  respeito...
Um Sofredor ou o Vencedor?
Alguém acomodado na proveitosa função de vítima, preocupando-se em atrair a compaixão de todos ou Aquele que, com otimismo, se ocupa em dignificar a pessoa humana e faz jus a um ótimo ordenado...
Um Doutor ou o Servidor?
Alguém ocupado apenas em exibir a altura do patamar atingido distanciando-se cada vez mais das precisas relações a uma educação eficaz ou Aquele que tão sabiamente se dispõe a interagir e oportuniza aos discípulos a convivência com o verdadeiro Mestre...
Afinal, quem é você, PROFESS-OR?
O Profissional e o Amador?
Não seria- o Verdadeiro – aquele que, em meio a tanta diversidade, livremente assume a sublime tarefa de professor com amor?
F
Não seria – esse – o responsável pela construção de um mundo mais progressista, mais justo e solidário?

Lidovirge Aparecida Carvalho Oliveira Paula

P eça fundamental para um bom trabalho
L uta constante dos profissionais da educação
A lma do sucesso de um bom trabalho
N orteador das habilidades do professor
E ssencial para meta desejada
J unção dos diversos niveis que envolve uma escola
A ção eficaz do ensino e aprendizagem
M ola propulsora do trabalho organizado
E studo minucioso das possibilidades locais Regionais e Nacional
N eutralizador de teorias e práticas na ação pedagógica
T écnica de atividade desenvolvidas pelos professores
O rganização de ações pedagógicas

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Como Fazer ou Agir

Como fazer ou agir? é uma pergunta constante na vida dos profissionais que desenvolvem algo ou alguma coisa com seriedade e primam pela qualidade em suas atividades de rotina  com competência, mas é necessário habilidades para executar.
Compartilhar experiências, encontrar estratégias para atuar com qualidade, aprimorar conhecimentos, vamos encontrar nas formações, nas atividades em grupoespaços que favorecem a aprendizagem. Planejar é uma arte. Refletir, praticar auto-analise são indispensáveis para alcançar novos resultados. É essencial unir teoria e prática para que a formação seja útil, tenha rendimento satisfatório.
A formação do professor possibilita um espaço de vivência, onde troca de experiências oportuniza condições para compartilhamento dos relatos de suas atividades e práticas pedagógicas, exposição dos seus temores, angústias, alguém precisa ouvir e oferecer solidariedade; colaborar com estas situações, encontrar estratégias para solucionar pequenos entraves.
Descobrir habilidades para executar ações com recursos midiáticos em suas atividades de sala de aula adquiriu-se ao divulgar experiências e atitudes com relação ao que está em evidência, aprender novas práticas, isto podemos conseguir através de palestras, cursos, seminários, formação continuada.
São caminhos para que o professor busque inovar em suas atividades, muitas vezes sabe o que fazer, mas está adormecido e ao ver alguém executar tal ação desperta para realizar tão bem quanto é capaz, é o reforço do que já é praticado.
Ao falarmos em novas tecnologias e mídias é comum imaginar com rapidez, visualizar computador, celular, foguetes e esquecemo-nos do tinteiro, lápis, papiros, escova de dente, cadernos etc. enfim, tudo que surge para facilitar ação do homem, tudo isto é tecnologia.
O planejamento é uma tecnologia, indispensável para qualquer ação, capaz de ser modificada, alterada. Toda boa ação inicia com o planejamento embora não seja traçado no papel, mas está na mente e tem suas etapas para alcançar objetivos.
O multiplicador/formador precisa planejar a formação que irá ministrar para facilitar a orientação ao professor com uso das mídias. O professor sabe como fazer só precisa de estimulo para desenvolver as ações, às vezes, a falta de disponibilidade do recurso dificultam a atuação gerando desconforto, perdem o estimulo  na busca de qualidade do processo ensino aprendizagem, se esquecem até de situações simples que podem enriquecer uma atividade em sala de aula, por não ter respaldo perdem a confiança nos seus lideres que mostram que a prática difere da teoria, é preciso reunir, discutir práticas pedagógicas, trocar experiências é em momentos de rotina em pequenas reuniões avaliar como foi o dia? Saber o que pensam outras pessoas que vivenciam o mesmo problema ou situação pode ser a chave para encontramos soluções para pequenos detalhes.

Mas quem é mesmo o Multiplicador?

Os multiplicadores são profissionais do próprio quadro que detém um conhecimento importante na disseminação de conteúdos. Assumem o papel de repassar informações, em termos de logística.
Uma estratégia é aprender lidar com o sistema de gestão, aderir a avaliações e auto avaliação. Alguns funcionários não entendem os objetivos, não encaram como processo de desenvolvimento.
 É necessário compreender que para essa atividade o funcionário deve ter o perfil adequado e nem todos possuem.
O multiplicador além de conhecimentos deve ser alguém confiável, ter credibilidade diante dos colegas, disseminar um conteúdo com eficiência não é tarefa fácil. Aprender técnicas para facilitar aprendizagem, reter atenção dos colegas, saber usar a voz, ouvir, lidar com recursos tecnológicos, ter postura, criar ações para as pessoas interagirem, compartilhar conhecimentos.
O papel do multiplicador como gestor é perceber as oportunidades que surgem para que a comunidade escolar possa se desenvolver, criar condições para utilização das tecnologias na prática escolar, redimensionar seus espaços, tempos e modos de aprender, ensinar dialogar e lidar com o conhecimento. Identificar as potencialidades dos recursos disponíveis proporcionar abertura da escola para comunidade.

Segundo F. J. Almeida (2005) a gestão deve partir da descrição da realidade. E para isto é necessário olhar, interpretar e diagnosticar as potencialidades, as fragilidades existentes no cotidiano da escola, os interesses e as demandas.

Multiplicador como gestor deve apresentar o seguinte perfil:

• Acreditar em Educação a Distância.

• Conseguir relacionar-se e interagir bem.

• Ter facilidade para comunicação escrita.

• Conhecer o conteúdo do curso no qual atuará.

• Gostar de ensinar e de aprender.

• Ter familiaridade com o uso do computador e da Internet.

• Ter conhecimentos básicos de Informática.

• Ser incentivador incansável.

• Ter disponibilidade e interesse para exercer a tutoria.

• Saber administrar conflitos.

• Ser cordial.

• Ter empatia.

• Saber trabalhar em equipe.

• Gostar de trocar experiências.

• Saber reconhecer suas falhas.

• Ter iniciativa para solução de problemas.

• Ser criativo.

• Ser paciente, compreensivo, flexível, responsável e amigo.

Diagnóstico da situação é fundamental, prioridade antes de planejar para ter subsídios e alcançar possibilidades de maiores acertos.

Professor ou educador?

O professor é o profissional a serviço no desempenho de suas funções o educador vai além desse detalhe, preocupa-se com o aluno como pessoa, sua história, suas experiências, seus sonhos, medos, angustias, seu habitat, suas raízes e etc.

Os educadores são como as velhas árvores. Possuem uma face, um nome, uma "estória" a ser contada. Habitam um mundo em o que vale é a relação que os ligam aos alunos, sendo que cada aluno é uma "entidade" "sui generis", portador de um nome, também de uma "estória", sofrendo tristezas e alimentando esperanças. E a educação é algo para acontecer neste espaço invisível e denso, que se estabelece a dois...(Rubem Alves)

PERFIL DO PROFESSOR/EDUCADOR PARA SÉCULO XXI

• Ter vontade e inteligência

• Ser empreendedor

• Saber manusear as ferramentas disponíveis para melhorar significativamente o seu trabalho,

• Aprender a compreender, isto permite a verdadeira comunicação humana

• Criar novos paradigmas

• Saber lidar com pessoas e processos (gestão)

• Reflexão dos resultados sempre para diagnosticar os erros e prover acertos

• Ser eficiente e eficaz (podemos ser eficiente e não alcançar a efetividade por isso todo cuidado é pouco)

• Ser estratégico e atingir o foco eliminando as situações indesejadas.

• Ser pesquisador

• Ter história, fazer história e não apenas contador de histórias.